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Topic-iconO LIVRO SOCIALISTA DOS ABRAÇOS

3 anos 10 meses atrás#96por bruno

O Clube do Livro agora rege-se sob outras regras — o degredo da Pandemia. Tornamo-nos virtuais todos, mas não desistiremos. O livro examinado é O Livro dos Abraços, o autor o escritor uruguaio Eduardo Galeano. Sob nossa ótica o título mais adequado seria O Livro Socialista dos Abraços. Isto porque se trata de um alfarrábio socialista, de exortação aos supostos heróis da revolução cubana e dos movimentos revolucionários, a invasão da esquerda no continente sul americano.

1. Ab initio

Não se trata de um livro com começo, meio e fim, mas uma cornucópia de historietas, narrando pedaços da vida de supostos heróis e críticas acerbas ao militares e a resistência aguerrida contra a invasão do comunismo. Como se sabe, os mitos gerados pela Revolução Cubana de Fidel Castro, Che Guevara e seus asseclas disseminou-se por toda a América Latina. O sr. Galeano não fez outra coisa do que esmiuçar fatos, atos e picuinhas de amigos seus e companheiros de luta. E ele fez isso em cerca de 270 narrativas curtas, uma página para cada assunto, verdadeiro fôlego de gato, a levantar picuinhas desse ou aqueloutro militar ou direitista reacionário, apontando maus tratos, indignidades e brutalidades praticadas pelos milicos — que ele alcunha de carrascos e trogloditas.

2. À Guisa de Crítica

Nossa impressão sobre o livro do sr. Galeano, a exponho nas pequenas observações como seguem:

Pag. 86 – Teologia/1: Nosso Galeano socialista faz blague com a Igreja e os Mandamentos. É bom não brincar com as coisas que não conhece ou conhece mal;
Pag. 87 – Teologia/2 : Amigo escritor, não faça graça, não é poético falar o nome de Deus em vão. Aliás, nada sabe sobre a fé, nem absolutamente nada sobre religião, por isso se compraz em falar do Criador!!!
Pag. 89 - Teologia/3: De novo o autor opina sobre o que não sabe, a título de errata, quer modificar o Antigo Testamento — Minha resposta é curta : Deus é Aquele que É e Será para Sempre. Ele não fez Adão de burro. Admoestou sua criatura de que Sua intenção era torná-lo um protótipo humano da transcendência. Adão e Eva O desobedeceram e foram então expulsos do Paraíso, vivendo doravante às suas próprias custas. Galeano blasfema contra Deus e este senhor não tem o direito de difamar os supremos desígnios do Criador. Escuso-me a continuar o assunto, pois estou jogando pérolas aos porcos.
Pag.143 – Cultura do Terror/4 : Nesta historieta do comportamento do padre na confissão de um menino é um absurdo. Esse padre só podia ser um retardado mental. Não sei onde o autor foi tirar tal ideia.
Pag.164 – Televisão/4 : Sobre a virtualidade da mídia, que não fala diretamente às pessoas, mas através de uma tela, o autor tem razão. A TV devassa as pessoas, não resolve nada.
Pag.156 – Historieta do professor Miguel Brun que mostrou aos alunos a percepção do perfume, por eles enganadas: É isto o que ocorre com o socialismo, te obriga se unir com os outros, repartir teu ganha-pão com quem não trabalha e te proíbe de pensar diferente. O socialismo é invisível, convence que a união faz a força, mas é a mesma força que te escraviza ao Poder.
Pag. 239 – Celebração da amizade/2 : A historieta em que o filho de uma senhora morreu, enquanto os funcionários municipais caçavam pombos e ligavam para a morte de seu filho: É um dos melhores contos do autor.
Pag.241 – Gelman : Um pai militante tem seus filhos sequestrados por militares argentinos e foram assassinados. O autor pergunta: Se Deus existe, por que fica de fora? Não será Deus ateu? : Respondi: Um dos maiores pecados do ser humano é blasfemar contra Deus. O problema dos humanos é se revestirem de sábios, quererem desvendar os desígnios de Deus. Quem tem o direito de fazê-lo, pobres e indignas criaturas?
Pag.243 – Profissão de fé : O autor faz recriminação por não passar de uma partícula de pó no universo, diz-se esquecido de tudo inclusive de Deus — Respondo: Por causa de sua cegueira mental e filosófica, baseada no ateísmo, ele não enxerga o que o Universo diz. Ele não consegue compreender que Deus, o Criador, respira em todo o Universo até nas tolices que ele está escrevendo contra Ele.
Pag. 245 - Cortázar: Neste texto há um erro grosseiro do tradutor, o sr. Eric Nepomuceno, celebrado literato pela mídia esquerdista — eis o erro: “.. Tinha deixado-o anão.” – Sr. Nepomuceno, pronome oblíquo não pode vir depois do particípio passado – é um erro, inclusive porque gera um cacófato.
Pag.255 – Celebração da coragem/1 : Historieta sobre Gabriel Caro vendo companheiro seu, um suíço, ser metralhado, lutando pelos ideais socialistas. O suíço ao morrer grita: Viva Bakunin! — Galeano alardeia o comunismo, como uma maravilha de regime, a redenção da humanidade. Enaltece Bakunin, Mikhail Bakunin (1814-1876), na verdade filósofo ANARQUISTA.
Pag. 260 – Celebração da Coragem/4 : Sobre a suposta valentia de Allende, dizem metralhado pelos milicos fascistas, trogloditas, e quejandos — Galeano escreve sobre a morte do grande salvador da pátria chilena, Allende, sua coragem em favor dos revolucionários cubanos, chilenos, uruguaios, contra os assassinos militares. Pergunto: quem está com a razão, militares defendendo seus países ou os revoltosos tentando implantar o comunismo na América Latina?
Pags. 262/3 – Um músculo secreto : A estória de Fico Vogelius que financiou a revista revolucionária Crisis, criada pelo autor. Fico foi trucidado pelos milicos argentinos. — No elogio à memória do amigo, o autor se vangloria de os revolucionários serem solidários e criativos, enquanto os que pensam diferentes são ambiciosos, golpistas, reacionários e imbecis. Para ele patriotismo é o amor à ideologia marxista. Pergunta indiscreta: o autor leva às nuvens o caráter dos militantes esquerdistas, por que não diz nada sobre outro grande militante, desta feita católico, jornalista e escritor, o francês Emmanuel Mounier, fundador da revista Esprit — defensor dos valores cristãos, contra o comunismo e o nazismo nos anos 1930/35?
Pag.267 – As impressões digitais: O autor faz um elogio literário de si próprio — Ás vezes, Galeano consegue dar um abraço na beleza e sonhar e com a fé.
Pag.269 – O ar e o vento: Pequeno elogio ao vento e o ar que o comanda — Essas palavras de Galeano faz-me recordar da obra prima de um grande escritor nosso, Érico Veríssimo, que nunca foi revolucionário, mas, sim, um bom ficcionista. Sua obra O Tempo e o Vento narra a história do Rio Grande do Sul, com personagens marcantes. Que diferença de visão!
Pag. 270 – A ventania: O autor se autoelogia, dizendo-se ser despido, dono de nada, de ninguém, nem das certezas dele mesmo e afirma: “sou minha cara contra o vento, a contravento, e sou o vento que bate em minha cara.”

3. Conclusão

Tomo as últimas palavras do sr. Galeano como deixa para dar minha impressão final sobre seu livro, também a título de crítica. Ei-la:

Minha Contradita Literária

O vento assovia lá fora, enquanto o tempo se desenrola na linha da Vida. Não estou despido, os meus sonhos me vestem de esperanças. Sou dono de mim, enquanto a presença do outro me acompanha também os passos, nessa caminhada de ação e pensamento. Os milagres da vida me norteiam à direção mais correta possível. O vento, os desacertos das tempestades, compreendo-os e minhas pegadas na praia que deixem suas marcas, seus desenhos me contentam, aproveito-os para aumentar minha Fé. O vento não me fustiga o rosto, alivia-me dos desconcertos e virtualiza minha melhor percepção do Ser-no-Mundo.

Bsb, 19.06.20

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